O que o paciente sente quando a “diabetes está alta?”

O que é Diabetes?

Diabetes mellitus, comumente referida apenas como diabetes, é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por um alto nível de glicose no sangue (hiperglicemia) devido a defeitos na secreção de insulina, na ação da insulina ou em ambos. A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que regula os níveis de glicose no sangue permitindo que as células do corpo a utilizem como fonte de energia.

Existem vários tipos principais de diabetes:

Diabetes Tipo 1: É uma doença autoimune onde o sistema imunológico ataca e destrói as células beta do pâncreas que produzem insulina. Sem insulina suficiente, a glicose fica no sangue em vez de ser usada como energia. As pessoas com diabetes tipo 1 precisam de injeções diárias de insulina para sobreviver.

Diabetes Tipo 2: É a forma mais comum de diabetes e está fortemente ligada à obesidade. Neste caso, o corpo não usa a insulina de forma eficaz (resistência à insulina) e, com o tempo, não produz insulina suficiente. Inicialmente, pode ser gerido com mudanças de estilo de vida e medicamentos, mas com o tempo pode requerer administração de insulina.

Diabetes Gestacional: Ocorre em algumas mulheres durante a gravidez. Normalmente, resolve-se após o parto, mas aumenta o risco de desenvolver diabetes tipo 2 mais tarde na vida.

Outros Tipos Específicos: Incluem uma variedade de condições como aquelas causadas por defeitos genéticos das células beta, defeitos genéticos na ação da insulina, doenças do pâncreas exócrino e induzidas por drogas ou produtos químicos.

Como é feito o diagnóstico do diabetes?

O diagnóstico do diabetes é feito através de testes de sangue que medem a glicose no sangue. Há vários tipos de exames utilizados para diagnosticar e monitorar a diabetes:

Teste de Glicemia de Jejum (GJ): Mede o nível de glicose no sangue após um jejum de pelo menos 8 horas. Um resultado igual ou superior a 126 mg/dL (miligramas por decilitro) em duas ocasiões diferentes indica diabetes.

Teste de Tolerância à Glicose Oral (TTGO): Após o jejum e a medição inicial da glicemia, uma solução de glicose é bebida e os níveis de glicose no sangue são testados várias vezes ao longo de duas horas. Um nível de glicose no sangue superior a 200 mg/dL após 2 horas sugere diabetes.

Teste Aleatório de Glicemia: Um nível de glicemia superior a 200 mg/dL em uma amostra aleatória de sangue, junto com a presença de sintomas de diabetes, pode indicar diabetes, mas geralmente outros testes são necessários para confirmar o diagnóstico.

Hemoglobina Glicada (A1C): Este teste reflete a média dos níveis de glicose no sangue nos últimos 2 a 3 meses. Um resultado de A1C de 6.5% ou superior em duas ocasiões separadas é considerado diagnóstico de diabetes.

Além dos testes de sangue, os profissionais de saúde também levam em consideração os sinais e sintomas apresentados pelo paciente, como sede excessiva, urinação frequente, fadiga e perda de peso inexplicada, especialmente para o diagnóstico de diabetes tipo 1.

“O que o paciente sente quando a diabetes está alta?”

A “diabetes alta”, conhecida como hiperglicemia, pode causar uma variedade de sintomas. Quando os níveis de glicose (açúcar) no sangue estão elevados, uma pessoa pode apresentar:

Sede excessiva (polidipsia)
Urinação frequente (poliúria)
Fome aumentada (polifagia), em alguns casos
Visão embaçada
Fadiga e fraqueza
Dor de cabeça
Dificuldade de concentração
Perda de peso (em diabetes tipo 1, principalmente)
Náuseas, possivelmente vômito
Pele seca e coceira
Infecções frequentes, como candidíase ou infecções do trato urinário

Em casos de hiperglicemia muito grave ou prolongada, podem ocorrer complicações mais sérias, como a cetoacidose diabética, que é mais comum no diabetes tipo 1, e o estado hiperglicêmico hiperosmolar, mais comum no diabetes tipo 2.

Estas condições são emergências médicas e podem apresentar sintomas como:

Respiração rápida e profunda
Hálito com odor frutado (no caso de cetoacidose)
Confusão mental ou dificuldade em despertar
Desidratação severa
Perda de consciência
É importante notar que algumas pessoas, especialmente aquelas com diabetes tipo 2 ou que já convivem com a condição por muitos anos, podem não sentir sintomas imediatos ou óbvios de hiperglicemia, o que torna o monitoramento regular dos níveis de glicose ainda mais essencial.

Se alguém com diabetes apresenta quaisquer sintomas de hiperglicemia, é importante verificar os níveis de açúcar no sangue e seguir o plano de tratamento recomendado pelo profissional de saúde, que pode incluir ajustes na dieta, atividade física e medicamentos. Se os sintomas forem graves ou não melhorarem com medidas iniciais, é crucial buscar atendimento médico imediatamente.

Converse com o seu médico endocrinologista especialista em Diabetes para ajustar o seu tratamento.


Assine nossa newsletter para receber novidades