Frutosamina e Diabetes

A frutosamina é um marcador de glicemia que reflete a glicação das proteínas séricas, principalmente a albumina.

Ela é usada como uma alternativa ao HbA1c para monitorar o controle glicêmico em pacientes com diabetes.

A principal vantagem da frutosamina é que ela fornece uma avaliação do controle glicêmico em um período mais curto, de 2 a 4 semanas, em comparação com o HbA1c, que reflete o controle glicêmico dos últimos 2 a 3 meses.

Isso a torna útil em situações onde mudanças rápidas nos níveis de glicemia precisam ser monitoradas ou quando o HbA1c não pode ser medido ou interpretado corretamente, como em pacientes com hemoglobinopatias ou distúrbios eritrocitários.

Como a frutosamina pode ajudar na avaliação do controle do diabetes?

Avaliação de mudanças rápidas no controle glicêmico:

A frutosamina é ideal para monitorar intervenções terapêuticas recentes, como o ajuste de doses de insulina ou mudanças na dieta, refletindo o impacto em um período mais curto.

Substituição do HbA1c em condições específicas:

Pacientes com hemoglobinopatias, anemia ou distúrbios que alterem o tempo de vida das hemácias.
Pacientes com condições que distorcem a interpretação do HbA1c, como hemólise ou transfusões sanguíneas.

Monitoramento durante a gravidez:

Em gestantes, a frutosamina é útil para avaliar mudanças rápidas no controle glicêmico, especialmente em situações onde o HbA1c não é confiável. Estudos indicam que a frutosamina pode ajudar a monitorar gestantes com tolerância anormal à glicose e diabetes gestacional, embora não seja um bom preditor isolado de diabetes gestacional.

Quais são as limitações da frutosamina?

Apesar de suas vantagens, a frutosamina apresenta várias limitações:

Validação científica limitada:
A frutosamina não é tão amplamente validada quanto o HbA1c, e as evidências que sustentam seu uso são mais fracas.

Influência de condições que afetam proteínas séricas:

Síndrome nefrótica: Reduz os níveis de albumina, afetando os resultados.
Cirrose hepática ou doenças hepáticas graves: Alteram a produção de proteínas séricas, limitando a precisão.

Falta de padronização:
Métodos laboratoriais para medir a frutosamina ainda não são padronizados, dificultando a comparação de resultados entre diferentes laboratórios.

Menor correlação com complicações crônicas:
Em comparação com o HbA1c, a frutosamina tem uma correlação mais fraca com o risco de complicações microvasculares e macrovasculares.

Condições específicas na gravidez:
Durante a gestação, as alterações fisiológicas podem afetar as concentrações de proteínas séricas, limitando a precisão da frutosamina como marcador glicêmico. Além disso, sua capacidade de prever diabetes gestacional é limitada.

Frutosamina e Diabetes: um resumo

A frutosamina pode ser uma ferramenta útil em situações específicas para avaliar o controle glicêmico em curto prazo, especialmente em pacientes onde o HbA1c não pode ser medido ou interpretado corretamente.

Na gravidez, ela pode complementar o monitoramento glicêmico em gestantes com diabetes ou tolerância anormal à glicose, mas não substitui o HbA1c como padrão-ouro.

Suas limitações, incluindo a influência de condições que alteram proteínas séricas e a falta de padronização, devem ser cuidadosamente consideradas ao utilizá-la na prática clínica.

 

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Dr. Rodrigo Bomeny

Médico | Endocrinologista

Especialista em Obesidade | Diabetes | Terapia de Reposição Hormonal

CRM 129869 | RQE 60562

 

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