O diabetes (também chamado de “diabetes mellitus”) é um distúrbio conhecido por interferir na forma como o corpo utiliza a glicose (açúcar). Ele também causa problemas no armazenamento e processamento de outras formas de energia, incluindo gordura.
Muitas células do corpo precisam de glicose para funcionar normalmente. A glicose entra na maioria das células com a ajuda de um hormônio chamado insulina. Quando não há insulina suficiente ou o corpo para de responder à insulina – uma condição chamada de resistência à insulina – a glicose se acumula no sangue. É isso que ocorre com as pessoas com diabetes.
Existem dois tipos principais de diabetes, o tipo 1 e o tipo 2:
● No diabetes tipo 1, o problema é que o pâncreas (um órgão no abdome) para de produzir insulina. É uma doença autoimune no qual o próprio corpo produz anticorpos que “destroem” o pâncreas.
● No diabetes tipo 2, o corpo responde menos à insulina, mesmo em níveis normais ou elevados, e, com o tempo, o pâncreas não produz insulina suficiente também.
Com o tempo, tanto o diabetes tipo 1 quanto o tipo 2 podem levar a várias complicações, muitas das quais podem ser graves se não forem identificadas e tratadas prontamente.
Você pode reduzir o risco de muitos problemas mantendo a glicose no sangue dentro do intervalo desejado, revertendo a resistência à insulina, controlando condições de saúde relacionadas e realizando check-ups regulares com seus profissionais de saúde.
Este artigo discutirá algumas das complicações comuns do diabetes e como você pode reduzir o risco desses problemas.
Mais informações sobre o manejo geral do diabetes tipo 1 e tipo 2 estão disponíveis separadamente.
IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DA GLICOSE
As complicações a longo prazo do diabetes estão parcialmente relacionadas aos danos causados pelos níveis elevados de glicose no sangue.
Em geral, pessoas com níveis de glicose mais próximos do normal têm menos complicações do que aquelas com níveis mais altos.
Controlar a glicose exige tratamento contínuo e monitoramento regular. Também é importante evitar que a glicose caia abaixo do normal, pois essa condição (chamada “hipoglicemia”) também pode causar problemas.
Viver com diabetes pode ser desafiador, mas a maioria das pessoas consegue se ajustar e controlar seu diabetes com sucesso.
Embora o uso de medicamentos possa ser necessário em muitas situações, a base do tratamento é a mudança da alimentação. O diabetes é uma doença caracterizada pela intolerância à glicose e por causa disso a adoção de uma dieta Low Carb (alimentação com menos carboidrato) é capaz de melhorar o controle glicêmico e diminuir o uso de medicamentos.
Seu profissional de saúde trabalhará com você para monitorar sua saúde e ajudar a gerenciar o diabetes e condições de saúde relacionadas.
COMPLICAÇÕES CARDIOVASCULARES NO DIABETES
Pessoas com diabetes têm um risco aumentado de doença cardiovascular, que pode levar a ataques cardíacos e derrames. A
doença cardiovascular é a principal causa de morte entre pessoas com diabetes.
Independente do tipo de diabetes, você pode reduzir o risco de doença cardiovascular ao:
● Parar de fumar, se você fuma – Isso pode ser difícil, mas é uma das coisas mais importantes que você pode fazer para melhorar sua saúde geral e reduzir o risco de doença cardiovascular.
● Manter a pressão arterial dentro de uma faixa saudável – Isso pode envolver mudanças no estilo de vida e/ou medicamentos, caso você tenha pressão alta.
● Manter os níveis de “colesterol” e triglicerídeos dentro de uma faixa saudável – Seu profissional de saúde pode medir esses níveis com um exame de sangue. Além de fazer mudanças saudáveis no estilo de vida, a maioria das pessoas com diabetes precisará tomar medicamentos para baixar o colesterol. A dosagem a ApoB pode ser uma parâmetro muito importante para guiar o tratamento.
● Considerar aspirina em baixa dose diária, dependendo de outras condições – Para pessoas com diabetes e doença cardíaca, como histórico de angina ou ataque cardíaco, a aspirina em baixa dose (por exemplo, 81 mg por dia) é recomendada.
COMPLICAÇÕES OCULARES NO DIABETES
Existem vários problemas oculares relacionados ao diabetes. O mais comum afeta a retina, camada na parte de trás do olho, e é chamado “retinopatia diabética”.
Na retinopatia diabética, os pequenos vasos sanguíneos na retina crescem de forma anormal e vazam, o que pode levar à perda de visão e, eventualmente, cegueira se não for tratado.
● Diabetes tipo 1 – Pessoas com diabetes tipo 1 devem fazer exames regulares de visão cinco anos após o diagnóstico de diabetes.
● Diabetes tipo 2 – Pessoas com diabetes tipo 2 devem fazer um exame de visão no momento do diagnóstico de diabetes.
PROBLEMAS NOS PÉS NO DIABETES
O diabetes pode reduzir o fluxo sanguíneo para os pés e danificar os nervos responsáveis pela sensação. Este dano nos nervos é conhecido como “neuropatia diabética”.
Autoexames e cuidados com os pés — É importante examinar os pés diariamente, especialmente entre os dedos. Observe se há pele rompida, úlceras, bolhas, áreas quentes ou vermelhas, ou alterações na formação de calos.
Exames clínicos — Em visitas médicas regulares, o profissional de saúde verificará o fluxo sanguíneo e a sensação nos pés.
COMPLICAÇÕES RENAIS NO DIABETES
O diabetes pode alterar a função normal dos rins. Problemas renais relacionados ao diabetes são chamados de “doença renal diabética” ou “nefropatia diabética”.
O profissional de saúde verificará a função renal através do nível de creatinina no sangue e calculará a taxa de filtração glomerular (eGFR), que mede o quão bem os rins estão funcionando. A presença de proteína na urina pode ser um sinal precoce de dano renal.
● Diabetes tipo 1 – O teste deve começar cerca de cinco anos após o diagnóstico.
● Diabetes tipo 2 – O teste deve começar no momento do diagnóstico.
HIPERTENSÃO NO DIABETES
Muitas pessoas com diabetes têm pressão alta (hipertensão). Em geral, recomenda-se manter a pressão arterial abaixo de 130/80 mmHg para adultos com diabetes.
GESTAÇÃO E DIABETES
Controlar a glicose e monitorar possíveis complicações é especialmente importante para pessoas grávidas ou que planejam engravidar. Manter os níveis de glicose o mais próximo possível do normal antes e durante a gravidez reduz o risco de várias complicações tanto para a mãe quanto para o bebê.
Diabetes: uma visão geral
O diabetes é uma condição que afeta a maneira como o corpo utiliza e regula a glicose, podendo levar a complicações sérias se não for adequadamente controlado.
O manejo eficaz da doença envolve manter os níveis de glicose no sangue dentro da faixa ideal, realizar exames regulares e adotar hábitos de vida saudáveis, como alimentação com menos carboidrato, prática de exercícios físicos, controle do peso e suspensão do tabagismo.
Entre as complicações mais comuns do diabetes estão problemas cardiovasculares, renais, oculares e nos pés, que podem ser prevenidos ou minimizados com um acompanhamento médico contínuo. Além disso, o controle da pressão arterial e de outros fatores de risco desempenha um papel crucial na redução dos riscos associados à doença.
Apesar dos desafios, é possível viver bem com diabetes – muitas vezes colocá-lo em remissão – especialmente com um planejamento cuidadoso e suporte de profissionais de saúde.
Investir na educação e no autocuidado é essencial para evitar complicações e melhorar a qualidade de vida a longo prazo.
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Dr. Rodrigo Bomeny
Médico | Endocrinologista
Especialista em Obesidade | Diabetes | Terapia de Reposição Hormonal
CRM 129869 | RQE 60562
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