O que é o efeito platô

O Que É O Efeito Platô?

Quem nunca emagreceu e depois recuperou o peso perdido? Isso acontece porque, muitas vezes, focamos apenas no emagrecimento, que é a primeira fase do tratamento da obesidade. Mas, eu quero que vocês enxerguem a importância e como pode ser difícil manter o peso após o emagrecimento e, assim, agradecer por estar no efeito platô.

Mas afinal, o que é o efeito Platô?

A definição de efeito platô seria essa resposta natural e fisiológica do corpo que faz com que, em algum momento, o emagrecimento estacione e o peso se mantenha.

Essa resposta se dá pois, à medida que você emagrece, seu corpo tende a querer retornar ao seu maior peso. Isso pode se intensificar dependendo da dieta adotada para o emagrecimento.

No efeito platô você pode estar em uma dieta perfeita, no estilo de vida ideal, mas o peso estacionar, mesmo que ainda não tenha atingido o objetivo e haja sobrepeso.

Porém, na maioria das vezes o que ocorre é um falso platô, ou seja, o peso estaciona por corresponder a dieta que você está.

Vamos citar como exemplo uma pessoa que comia muitos doces em suas refeições intermediárias, muitos alimentos hipercalóricos e consumia sempre no seu almoço e jantar um lanche completo de fast food.

Então, essa pessoa começa a se incomodar com o peso que está e decide mudar sua alimentação. Mas a mudança ocorre apenas nas refeições de almoço e jantar, no qual a pessoa deixa de lado o fast food e começa a comer apenas uma proteína e saladas, mas segue com os doces e outros alimentos ultraprocessados em maior quantidade durante o dia, como já fazia anteriormente.

Por ocorrer essa mudança no almoço e jantar, ela irá perder peso. Porém, em determinado momento, esse peso irá estacionar. Essa estagnação na balança não condiz ao efeito platô mas, sim, ao peso de acordo com a dieta que a pessoa segue.

Outro caso que pode ocorrer é que, muitas vezes, a pessoa até faz a mudança para a dieta ideal. Entretanto, à medida que se aproxima do objetivo, vai abrindo exceções e comete alguns furos na dieta, adicionando um pouco mais de comida e, por isso, o peso estabiliza.

Para atingir os resultados esperados, é preciso equilibrar os cinco níveis de emagrecimento, que são tratados no programa Você+.

Como surge o efeito platô?

Perder peso pode ser uma jornada desafiadora, mas manter o peso perdido a longo prazo pode ser ainda mais difícil. Intervenções para obesidade costumam levar a uma perda de peso rápida no início, seguida de um platô e, frequentemente, o reganho progressivo de peso.

Embora seja possível perder uma quantidade substancial de peso com diversos tipos de tratamentos, a manutenção desse peso perdido a longo prazo é muito mais difícil e é comum que ocorra um reganho de peso. Em uma análise de 29 estudos de longo prazo sobre perda de peso, mais da metade do peso perdido foi recuperado em dois anos, e em cinco anos, mais de 80% do peso perdido foi recuperado. Isso pode desencorajar muitas pessoas com obesidade a tentar perder peso, pois elas acreditam que é uma batalha perdida desde o início.

Parte da razão para a dificuldade em manter o peso perdido é a crença ultrapassada de que mudanças dietéticas relativamente modestas levarão a uma perda consistente de peso a uma taxa de um kilo por cada 9000 calorias de déficit acumulado na dieta. Essa orientação incorreta faz com que a falha em manter uma perda de peso substancial a longo prazo seja atribuída à falta de vontade ou motivação do paciente para manter um estilo de vida saudável.

No entanto, agora sabemos que esses cálculos simples estão errados porque não levam em consideração a diminuição do gasto energético com a perda de peso. Além disso, o peso corporal é regulado por circuitos de feedback negativo que influenciam a ingestão de alimentos. A perda de peso leva a mudanças endócrinas persistentes que aumentam o apetite e diminuem a saciedade, tornando ainda mais difícil manter a perda de peso a longo prazo.

Portanto, é importante reconhecer que a manutenção do peso perdido é uma batalha constante e que há muitos fatores biológicos que influenciam o peso corporal. As pessoas com obesidade precisam de apoio e compreensão contínuos para alcançar a perda de peso duradoura e manter um estilo de vida saudável.

Aumento da fome e diminuição do metabolismo: o que é mais importante?

O peso corporal é regulado por circuitos de feedback negativo que influenciam a ingestão de alimentos. Isso significa que, quando perdemos peso, nosso corpo pode resistir à perda contínua de peso e conspirar contra a manutenção de peso a longo prazo. Isso ocorre porque a perda de peso é acompanhada por adaptações endócrinas persistentes que aumentam o apetite e diminuem a saciedade.

As mudanças no apetite provavelmente desempenham um papel mais importante do que a desaceleração do metabolismo na explicação do platô. Isso ocorre porque o circuito de feedback que controla a ingestão de calorias a longo prazo tem uma força geral maior do que o circuito de feedback que controla o gasto calórico. Em outras palavras, para cada quilograma de peso perdido, o gasto calórico diminui em cerca de 20-30 kcal/dia, enquanto o apetite aumenta em cerca de 100 kcal/dia acima do nível de referência antes da perda de peso.

A percepção do paciente de manter a dieta apesar da ausência de perda de peso adicional pode surgir porque a regulação fisiológica do apetite ocorre em regiões do cérebro que operam abaixo da consciência do paciente. Isso pode introduzir vieses subconscientes, como tamanhos de porções que aumentam ao longo do tempo. É importante lembrar que esse aumento na ingestão de energia pode ser difícil de detectar, dadas as grandes flutuações de 20-30% na ingestão de energia de um dia para o outro.

Para evitar a resistência fisiológica à perda de peso, é necessário um esforço relativamente persistente para evitar comer em excesso e corresponder ao aumento do apetite que cresce proporcionalmente ao peso perdido. Isso significa manter uma dieta equilibrada e saudável a longo prazo e manter um estilo de vida ativo e saudável. Com o tempo, essas mudanças de hábitos podem levar a uma perda de peso sustentável e saudável.

A importância da proteína

A proteína desempenha um papel importante na manutenção do peso perdido, uma vez que é um nutriente que ajuda a aumentar a saciedade e a reduzir a fome. Isso ocorre porque a proteína é digerida mais lentamente do que os carboidratos e as gorduras, o que significa que leva mais tempo para ser digerida e absorvida pelo corpo. Como resultado, a proteína ajuda a manter os níveis de açúcar no sangue estáveis e reduz a necessidade de comer com frequência.

Além disso, a proteína tem um efeito térmico maior do que os carboidratos e as gorduras, o que significa que o corpo usa mais energia para digeri-la. Isso ajuda a aumentar o metabolismo e a queimar mais calorias. A ingestão adequada de proteína também ajuda a preservar a massa muscular durante a perda de peso, o que é importante para manter um metabolismo saudável.

Em resumo, incluir proteína em sua dieta pode ajudar a manter a saciedade, reduzir a fome, aumentar o metabolismo e preservar a massa muscular, todos esses fatores são importantes para manter o peso perdido a longo prazo.

Como a proteína diminui a fome e aumenta a saciedade?

A proteína age do ponto de vista hormonal de várias maneiras para diminuir a fome e aumentar a saciedade. Quando comemos proteína, o corpo libera hormônios que ajudam a regular a fome e a saciedade. Aqui estão algumas maneiras pelas quais a proteína pode influenciar os hormônios relacionados à fome e à saciedade:

Aumento da secreção de hormônios que reduzem a fome: Quando ingerimos proteína, o corpo libera hormônios como a colecistocinina (CCK), o peptídeo YY (PYY) e a leptina, que ajudam a reduzir a fome e aumentar a saciedade. Esses hormônios enviam sinais ao cérebro para diminuir o apetite e reduzir a ingestão de alimentos.

Redução da secreção de hormônios que aumentam a fome: Por outro lado, a proteína também pode ajudar a reduzir a secreção de hormônios que aumentam a fome, como a grelina. A grelina é um hormônio produzido pelo estômago que estimula a fome. Quando comemos proteína, a grelina é suprimida, o que ajuda a reduzir a fome.

O que são os 5 níveis de emagrecimento

Manter o peso perdido é um processo ativo. Muitas vezes não enxergamos isso, mas é preciso ter o conhecimento correto para que as suas escolhas sejam conscientes. Somente dessa forma você vai se comprometer e desenvolver o comportamento necessário para uma mudança definitiva, praticando um emagrecimento consciente.

Você só vai conseguir acabar com o efeito sanfona assim. Toda estratégia precisa ter essa finalidade. Aumentar o seu CONTROLE.
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Definir o PROPÓSITO, seu SIM, possibilita que você tenha controle no momento de escolher os alimentos, de dizer o seu NAO. O PLANEJAMENTO possibilita que você tenha maior controle do futuro. O AMBIENTE possibilita o controle do seu comportamento. A DIETA aplicando a relação Proteína | Energia, possibilita que você tenha menos fome e mais autonomia, garantindo controle nas suas escolhas. AÇÕES estratégicas permitem o controle do RESULTADO.

São 5 Níveis que precisam ser desenvolvidos para você estar sempre no controle do seu emagrecimento.

O programa Você+ tem como objetivo que você aprenda quais são as melhores estratégias para o emagrecimento e manutenção do peso perdido, assim como os passos para colocar isso em prática, diminuindo o efeito sanfona tão comum em quem luta contra o excesso de peso.

Com a relação Proteína | Energia, você passa a comer menos sem passar fome, sem deixar de comer os alimentos que gosta e mantendo a sua vida social!

Quer saber mais sobre esse processo de emagrecimento e manutenção do peso? Conheça o Programa Você+

 

Chow CC, Hall KD. Short and long-term energy intake patterns and their implications for human body weight regulation. Physiol Behav. 2014;134:60–65

Berthoud HR, Munzberg H, Morrison CD. Blaming the Brain for Obesity: Integration of Hedonic and Homeostatic Mechanisms. Gastroenterology

Rosenbaum M, Hirsch J, Gallagher DA, Leibel RL. Long-term persistence of adaptive thermogenesis in subjects who have maintained a reduced body weight. Am J Clin Nutr. 2008;88(4):906–912


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